13 dezembro 2009

Percepção cromática


Na retina, mais precisamente na área chamada fóvea central, existem milhões de células fotossensíveis capazes de transformar a luz em impulsos eletroquímicos. São os cones e os bastonetes.
Os bastonetes não possuem nenhuma informação cromática, sendo responsáveis apenas pelas informações de intensidade luminosa dos objetos, não distinguindo diferenças finas entre forma e cor. Já os cones são capazes de fornecer imagens mais nítidas e detalhadas, proporcionando as impressões de cor. Existem três tipos de cones e cada um é responsável pela informação de um matiz diferente: vermelho, verde ou azul. É a interação dos cones e dos bastonetes que o ser humano é capaz de perceber todo o espectro cromático.
O olho sofre uma acomodação toda vez que tenta visualizar uma área de cor diferente, já que cada onda de cor converge para pontos diferentes da retina
Por isso é necessário que o cristalino sofra pequenas alterações, através de pequenos músculos, para focalizar corretamente a imagem do objeto visualizado, ficando mais convexo ao focalizar os tons vermelhos e mais relaxado ao focar os azuis.
Existe, também, um mecanismo fisiológico capaz de equilibrar as cores devido a um forte estimulo visual. Ao interromper o movimento dos olhos, a sensibilidade dos cones é reduzida, criando as chamadas "pós-imagens", onde uma cor é equilibrada com sua complementar.

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Percepção visual: Predisposição, ambiguidade (Echer), familiaridade, frequência, significação, contexto, concentração, sinergias, filtros, hierarquiza

Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. A percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar.


25 novembro 2009

Artes visuais_função e mensagem.

Função e Mensagem: Na teoria da comunicação, a mensagem é a manifestação física da informação produzida por uma fonte de informação e que se destina a alguém. Na prática, todo o texto escrito que se envia a alguém ilustra uma mensagem, concebida como uma um conjunto organizado de signos linguísticos. A ideia de sequência ordenada é também exigida na cibernética, onde o conceito representa uma sequência simples de sinais binários.O suporte físico da transmissão de uma mensagem escrita ou falada é o canal de comunicação, que hoje se multiplica pelo computador, pelo telemóvel, pela rádio, pela televisão , pela imprensa escrita, pela correspondência epistolar, etc.
A teoria da comunicação ignora o significado intrínseco da mensagem, pois o que avalia nesse processo de transmissão é uma forma de comunicação e não um contéudo interpretável.
A forma de comunicação está sujeita a variações de código e de condições de optimização da transmissão. Nas teorias da comunicação linguística, em particular a partir dos estudos influentes de Roman Jakobson, todo o processo de transmissão e recepção de mensagens se reduz a um mecanismo de codificação e descodificação. A compreensão do acto sémico que a transmissão de uma mensagem ilustra depende em grande parte da capacidade de um sujeito dominar o códigos envolvidos na comunicação, que só é considerada concluída com a total descodificação ou identificação do código utilizado na transmissão da mensagem original.

Elementos básicos de comunicação visual

Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos, e seu número é reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento. Por poucos que sejam, são a matéria-prima de toda informação visual em termos de opções e combinações seletivas. A estrutura da obra visual é a força que determina quais elementos visuais estão presentes, e com qual ênfase essa presença ocorre.
A utilização dos componentes visuais básicos como meio de conhecimento e compreensão tanto de categorias completas dos meios visuais quanto de obras individuais é um método excelente para explorar o sucesso potencial e consumado de sua expressão.
O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente mínima.
Dois pontos são instrumentos úteis para medir o espaço no meio ambiente ou no desenvolvimento de qualquer tipo de projeto visual. Aprendemos cedo a utilizar o ponto como sistema de notação ideal, junto com a régua e outros instrumentos de medição, como o compasso. Quando vistos, os pontos se ligam, sendo, portanto, capazes de dirigir o olhar. Em grande número e justapostos, os pontos criam a ilusão de tom ou de cor, o que é o fato visual em que se baseiam os meios mecânicos para a reprodução de qualquer tom contínuo.
Quando os pontos estão tão próximos entre si que se torna impossível identificá-los individualmente, aumenta a sensação de direção, e a cadeia de pontos se transforma em outro elemento visual distintivo: a linha.
Nas artes visuais, a linha tem, por sua própria natureza, uma enorme energia. Nunca é estática; é o elemento visual inquieto e inquiridor do esboço. A linha é muito usada para descrever essa justaposição, tratando-se, nesse caso, de um procedimento artificial.
A linha descreve uma forma. Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade da forma. Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo eqüilátero.
Ao quadrado se associam enfado, honestidade, retidão e esmero; ao triângulo, ação, conflito, tensão; ao círculo, infinitude, calidez, proteção.
Todas as formas básicas expressam três direções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva.
A referência horizontal-vertical já foi aqui comentada, mas, a título de recordação, vale dizer que constitui a referência primária do homem, em termos de bem-estar e maneabilidade.

Anatomia da mensagem visual

Expressamos e recebemos mensagens visuais em três níveis: o representacional – aquilo que vemos e identificamos com base no meio ambiente e na experiência; o abstracto – a qualidade cinestésica de um fato visual reduzido a seus componentes visuais básicos e elementares, enfatizando os meios mais directos, emocionais e mesmo primitivos da criação de mensagens; e o simbólico – o vasto universo de sistemas de símbolos codificados que o homem criou arbitrariamente e ao qual atribuiu significados. Todos esses níveis de resgate de informações são interligados e se sobrepõem, mas é possível estabelecer distinções suficientes entre eles, de tal modo que possam ser analisados tanto em termos de seu valor como táctica potencial para a criação de mensagens quanto em termos de sua qualidade no processo de visão.

Introdução ao alfabeto visual/carácter e conteúdo.

A evolução da linguagem escrita começou com as imagens (pictografia), passou à representação das unidades fonéticas (fonetismo) e finalmente ao alfabeto.Cada passo foi, sem dúvida, um avanço em direção a uma comunicação mais eficiente. Mas o homem jamais limitou-se aos desenhos simples do alfabeto.Pode-se afirmar que ele tem uma propensão à informação visual. Algumas das razões que a justificam são, principalmente, a proximidade com a experiência real e o caráter da informação.Não necessitamos ser visualmente cultos para emitir ou entender mensagens visuais. Estas capacidades são ligadas ao homem involuntariamente.Todas as características da informação visual justificam sua importante aplicação na propaganda - comunicação que prima pela velocidade.Como a comunicação moderna, ultra-rápida, nos levou aos últimos limites da linguagem, sentiu-se a necessidade de recuperar as formas visuais da comunicação, enfatizando os recursos visuais, que podem expressar funções recorrer a letras.

O mundo multinacional - a comunicação universal – a aldeia global.

O conceito de "aldeia global", criado pelo sociólogocanadense Marshall Mcluhan, quer dizer que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia. Marshall McLuhan foi o primeiro filósofo das transformações sociais provocadas pela revolução tecnológica do computador e das telecomunicações. Como paradigma da aldeia global, ele elegeu a televisão, um meio de comunicação de massa em nível internacional, que começava a ser integrado via satélite. Esqueceu, no entanto, que as formas de comunicação da aldeia são essencialmente bidireccionais e entre dois indivíduos. Somente agora, com o celular e a internet é que o conceito começa a se concretizar.O conceito de "aldeia global", criado pelo sociólogocanadense Marshall Mcluhan, quer dizer que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia.Esqueceu, no entanto, que as formas de comunicação da aldeia são essencialmente bidireccionais e entre dois indivíduos. Somente agora, com o celular e a internet é que o conceito começa a se concretizar.Essa profunda interligação entre todas as regiões do globo originaria uma poderosa teia de dependências mútuas e, desse modo, promoveria a solidariedade e a luta pelos mesmos ideais, ao nível, por exemplo da ecologia e daeconomia, em prol do desenvolvimento sustentável da Terra, superfíciee habitat desta "aldeia global".

O modernismo - De Toufouse Làutrec à Bauhaus.

Chama-se genericamente modernismo.o conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que permearam as artes e o design da primeira metade do século XX. Apesar de ser possível encontrar pontos de convergência entre os vários movimentos, eles em geral se diferenciam e até mesmo se antagonizam.ncaixam-se nesta classificação a literatura, a arquitectura, design, pintura, escultura, teatro e a musicas modernas.O movimento moderno baseou-se na ideia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida quotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura.

Design e comunicação - novo cenário urbano séc XIX e XX.

Design Denomina-se design qualquer processo técnico e criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefacto. Esse processo normalmente é orientado por uma intenção ou objectivo, ou para a solução de um problema.Design é também a profissão que projecta os artefactos. Existem diversas especializações, de acordo com o tipo de coisa a projetar. Actualmente os mais comum são o produto, design, design de moda e o design de interiores. O profissional que trabalha na área de design é chamado de designer.

A industralização e organização industrial do séc XVIII e XIX, o movimento

Arts and Crafts é um movimento estético e social inglês, da segunda metade do século XIX, que defende o artesanato criativo como alternativa à mecanização e à produção em massa.
Reunindo teóricos e artistas, o movimento busca revalorizar o trabalho manual e recupera a dimensão estética dos objectos produzidos industrialmente para uso quotidiano.
Em 1861, é fundada a Morris, Marshall, Faulkner & Co., especializada em mobiliário e decoração em geral: vidros, tapeçarias etc. O sucesso da empresa pode ser aferido por sua ampla e duradoura produção.
A partir de 1890, o Movimento de Artes e Ofícios liga-se ao estilo internacional do art noveau espalhando-se por toda a Europa: Alemanha, Países Baixos, Áustria e Escandinávia. Ainda que um sucessor do movimento inglês, o art nouveau possui filosofia um pouco distinta.

26 outubro 2009

O Star System e o sonho americano

O sistema estelar foi o método de criação, promoção e exploração de estrelas de cinema em clássicos do cinema de Hollywood.Estúdios iria seleccionar promissores actores jovens e criarpersonas para eles, muitas vezes inventando novos nomes e até mesmo novos horizontes. Exemplos de estrelas: Cary Grant, Joan Crawford, e Rock Hudson. O sistema de estrelas pôs a ênfase na imagem, em vez de agir, apesar de aulas de actuação discreta, voz e dança era uma parte comum do regime.

O cinema Expressionista alemão

O Expressionismo alemão, estilo cinematográfico cujo auge se deu nos anos 1920, caracterizou-se pela distorção de cenários e personagens, através da maquiagem, dos recursos de fotografia e de outros mecanismos, com o objetivo de expressar a maneira como os realizadores viam o mundo.
Pedro Monteiro,que mostra as origens e anseios do movimento:
O expressionismo, nascido na Alemanha no final do século IX, é maior que a idéia de um movimento de arte, e antes de tudo, uma negação ao mundo burguês. Seu surgimento contribuiu para refletir posições contrárias ao racionalismo moderno e ao trabalho mecânico, através de obras que combatiam a razão com a fantasia. Influenciados pela filosofia de Nietzsche e pela teoria do inconsciente de Freud, os artistas alemães do início do século fizeram a arte ultrapassar os limites da realidade, tornando-se expressão pura da subjetividade psicológica e emocional

O Cinema Americano e as novas narrativas (Griffith e Porter)

D.M. Griffith
David Llewelyn Wark Griffith, geralmente conhecido por D.W. Griffith , era um director estadunidense. É mais conhecido pelo seu controverso filme "O nascimento de uma nação".
Começou sua carreira como um próspero dramaturgo mas não conseguiu sucesso. Depois se tornou actor. Encontrando seu caminho no cinema, em pouco tempo dirigia um grande corpo de trabalho.
A sua nova empresa tornou-se um parceiro autónomo de produção na Triangle Pictures Corporation com os Keyston Studios e Thomas Ince. Através do David W. Griffith Corp, ele produziu "O nascimento de uma nação" (1915).
O Nascimento de Uma Nação foi extremamente popular mas expressava a visão racista da época. A parceria terminou em 1917, então Griffith foi para a ArtCraft, depois para a First nacional (1919-1920). Ao mesmo tempo fundou a United Artists, junto com Charles Chaplin, Mary Pickford e Douglas Fairbanks.
Na primeira viagem de Griffith para a California, ele e sua empresa descobriram uma pequena vila para filmar. Esse lugar era conhecido como Hollywood. Com isso, American Mutoscope and Biograph Company foi a primeira empresa a filmar em Hollywood: In Old California (1910).
Apesar da United Artists ter sobrevivido como empresa, a ligação de Griffith com ela foi curta, e apesar de alguns de seus filmes posteriores serem bons, ele nunca mais conseguiu sucesso comercial.
Griffith fez apenas dois filmes com som, Abrham Linclon (1930) e The Struggle (1931). Nenhum foi bem sucedido e ele nunca mais fez filmes. Embora não tenha tido grande sucesso Griffith foi considerado o pai da gramática cinematográfico


O modelo das Cinco Forças de Porter foi concebido por Michael Porter em 1979 e destina-se à análise da competição entre empresas. Considera cinco factores, as "forças" competitivas, que devem ser estudados para que se possa desenvolver uma estratégia empresarial eficiente. Porter refere-se a essas forças como micro ambiente, em contraste com o termo mais geral macro ambiente. Utilizam dessas forças em uma empresa que afecta a sua capacidade para servir os seus clientes e obter lucros. Uma mudança em qualquer uma das forças normalmente requer uma nova pesquisa (análise) para reavaliar o mercado.
Porter avalia que a estratégia competitiva de uma empresa deve aparecer a partir da abrangência das regras da concorrência que definem a atractividade de uma indústria.

Pathé e Gaumont, a industria cinematográfica

Pathé é um filme francês. Inicialmente, em 1896, Pathé tinha quatro irmãos que reuniriam as suas economias para criar uma empresa para a venda de fonógrafos. Dois dos irmãos abandonaram esta parceria, pois agora seriam só dois irmãos, Charles e Emile Pathé (fig.18), que iram promover o que se tornou a maior empresa de fonografia e o mundo do cinema. O principal arquitecto do sucesso do negócio do filme é Charles Pathé, pois tinha ajudado a abrir uma loja de gramofones em 1894 e, posteriormente, estabeleceu uma fábrica na vitrola. O seu sucesso industrial começou, quando ele viu as oportunidades oferecidas pelo novo entretenimento e, sobretudo pela indústria cinematográfica. Tendo tomado a decisão de expandir a sua actividade no fabrico de equipamento para cinema, Charles Pathé, com o cargo de preside o crescimento deu-se rapidamente, crescendo bastante a sua empresa.

Edison e o princípio do cinema sonoro

Thomas Alva Edison foi um inventor e empresário dos Estados Unidos que desenvolveu muitos dispositivos importantes de grande interesse industrial. Como era muito conhecido, foi um dos primeiros inventores a aplicar os princípios da produção maciça ao processo da invenção. Entre as suas contribuições mais universais para o desenvolvimento tecnológico e científico encontra-se a lâmpada eléctrica incandescente, o gramofone, o cinescópio, o ditafone e o microfone de grânulos de carvão para telefone. Edison é um dos percursores da revolução tecnológico do século xx. Teve papel determinante na indústria do cinema.


O Som é captado por um microfone, passa por um amplificador, sendo que a saída deste alimenta uma Lâmpada cuja intensidade de luz e freqüencia de luz varia com a forma de onda do som captado. Esta luz por sua vez é focada sobre umalente que será dirigida sobre a trilha sonora do filme. O processo inverso deve ser aplicado para transformar as variações dos tons de cinza ao negro gravados na trilha sonora para reproduzir o som original da gravação.

O Cinema Fantástico de Mélies

Georges Méliès, foi um ilusionista françês de sucesso e um dos precursores do cinema, que usava inventivos efeitos fotográficos para criar mundos fantásticos.
Méliès, além de ser considerado o "pai dos efeitos especiais", fez mais de 500 filmes e construiu o primeiro estúdio cinematográfico da Europa. Também foi o primeiro cineasta a usar desenhos de produção e storyboards para projectar suas cenas. Era também o proprietário do teatro Robert-Houdin em Paris.
Tudo começou quando o cineasta ganhou um protótipo criado pelo cinematógrafo inglês Robert W. Paul e ficou tão entusiasmado com o mesmo, que saía filmando cenas do quotidiano em Paris. Um dia a sua câmara parou de repente, mas as pessoas não paravam de se mexer e quando ele voltou a filmar, a acção feita na filmagem era diferente da acção que ele estava filmando.

Cinema documental

O documentário ocupa uma posição ambígua na história e teoriado cinema. Pertence a uma grande categoria designada por não-ficção, daqual também fazem parte a reportagem, o filme institucional, etc.
O documentário demarca-se da ficção por pretender de uma maneira própria oferecer um acesso ao nosso mundo. Mas, ao contrário de outros registos de não-ficção que fazem, por exemplo, um tratamento informativo ou promocional da realidade, o documentário tem como motivação fazer um tratamento criativo da realidade. Embora em alguns momentos da sua história o documentário tenha optado por determinados recursos cinematográficos (câmara ao ombro, não direcção de actores, etc.) em detrimento de outros, de modo a garantir a autenticidade do representado, nada impediu, nesses mesmos momentos, interessantes cruzamentos com os recursos da ficção.

Os irmãos Lumiére e a primeira projecção pública

“Em 1895, concretiza-se um dos maiores sonhos da Humanidade. O ser humano e seu “alter ego cronofotográfico” encontram-se frente a frente, um sentado na poltrona de uma sala escura, o outro movendo-se numa tela, embora ainda mudo. Como se um olho cujas pálpebras viessem se abrindo lentamente, durante séculos, agora se arregalasse para o mundo. Um olho dotado de superior acuidade, não apenas capaz de apreender a vida em seus mínimos detalhes – o que Marey e Edison já sabiam fazer há algum tempo – mas sobretudo de projetá-la numa tela. Inicialmente “Edison contentava-se com o tilintar das moedas. Ele jamais deu muita importância ao último “acréscimo” técnico, que, segundo suas próprias palavras, mataria “a galinha dos ovos de ouro” - isto é, o Quinetoscópio a tostão. Demeny e outros também se debruçaram nessa questão, sem resultados decisivos. Somente Reynaud, com suas tiras perfuradas e pintadas à mão, havia conseguido projetar cenas longas e animadas”. Laurent Mannoni, A Grande Arte da Luz e da Sombra, página 405.

23 outubro 2009

Muybridge e o advento do início do Cinema {Caleidoscópio e Zootropo)

Eadweard James Muybridge nasceu na Inglaterra e mudou-se para os Estados Unidos por volta de 1852. Começou sua carreira de fotógrafo em 1860 na Califórnia e logo se tornou conhecido como um grande fotógrafo de paisagem.
Muybridge começou a criar sua reputação em 1867 , com fotos do Yosemite National Park e de São Francisco, California , muitas dessas fotos do Yosemite Natinal Park reproduziam algumas cenas já fotografadas por Muybridge tornou-se rapidamente famoso por estas fotos, que mostraram a grandiosidade do oeste.


Zootropo-Tambor giratório que utilizava tiras coloridas de papel desenhadas a mão em seu interior, representando as várias etapas de movimentos cíclicos de personagens.



Caleidoscópio-Um caleidoscópio é um aparelho óptico formado por um pequeno tubo de cartão ou de metal, com pequenos fragmentos de vidro colorido, que, através do reflexo da luz exterior em pequenos espelhos inclinados, apresentam, a cada movimento, combinações variadas e agradáveis de efeito visual.
O caleidoscópio foi inventado na Inglaterra, em 1817.

George Eastman e a democratização e industrialização da fotografia com a Kodak

George Eastman desenvolve a primeira câmera portátil – a KODAK – vendida com um filme em rolo de papel suficiente para tirar 100 fotografias. Agora, disponível a qualquer um, tornou a fotografia mais barata, pois a máquina da Kodak usa filme de rolo com uma base de papel, coberta com uma emulsão fotossensível.
Um rolo de filme tem a capacidade de 100 quadros circulares com um 2 1/4 de diâmetro. Terminado o rolo, o cliente manda a câmera inteira para a empresa Eastman, que revela o filme e faz as cópias, devolvendo o aparelho com um novo rolo de filme.
A simplicidade da câmera Kodak é responsável pela popularização da fotografia amadora. No ano seguinte, Eastman substitui o filme de papel por um de plástico transparente à base de nitrocelulose.
Não fosse por ele... como teria sido a história da fotografia? Ou melhor dizendo, por conta indireta dele, tenho muitas fotografias com girafas em minha coleção, todas tiradas “simplesmente” por pessoas comuns.


A invenção de Maddox da emulsão fotossensível gelatinosa

Nas grandes viagens, os retratistas como Julia M.Cameron, Nadar e outros, todos usaram o colódio húmido (depois colódio seco) até Richard Maddox ter inventado as placas de gelatina secas.Em 1871 o tempo necessário para registar imagens fotográfica foi reduzido com a introdução de placas de brometo de gelatina conserváveis (gelatina seca), pelo médico e microscopista inglês Richard Leach Maddox. Esta invenção foi de grande importância para a fotografia e foi nos anos seguintes aperfeiçoada por John Burgess, Richard Kennett e Charles Harper Bennet que conseguiram fabricar placas secas mais leves e de utilização mais cómoda. Estas começaram a ser fabricadas por diversas firmas na Europa e nos Estados Unidos a partir de 1878.Abria-se assim uma nova época para a fotografia. Na origem o suporte era vidro coberto com uma emulsão de brometo de prata colocada sobre gelatina especialmente preparada.

O instantâneo fotográfico de Archer

Archer e a fotografia
Frederick Scott Archer nasceu na Grã-Bretanha em 1813, dedicava-se à gravura e a escultura, onde cedo se desperta o interesse pelo processo fotográfico do Calótipo. Archer inicia o seu trabalho do processo fotográfico em 1847, para realizar fotografias dos seus desenhos de gravura.
Mais tarde Frederick Scott Archer, dá a conhecer a todos, o seu trabalho que revolucionaria o mundo da fotografia, o Colódion Húmido que era bem mais rápido do que o Daguerreótipo, e com uma grande vantagem, quanto à exposição, esta era bem mais curta.

A evolução da técnica de registo {Daguerre e Talbot) em paralelo aos formatos de

Louis Daguerre - Foi o primeiro a conseguir uma imagem fixa pela acção directa da luz (1835 - o daguerreótipo).
William Henry Fox Talbot e Louis Daguerre, apresentaram para o mundo da fotografia em 1839 um novo tipo de desenho, independentemente uns dos outros e utilizando diferentes processos. Nem fotos do homem pareciam desenho tanto como o desenho comum a prática da perspectiva linear com as fotografias. Além disso, o desenho tornou-se tão difundido que era estereotipada no século 19, com ajudas mecânicas usadas frequentemente. Ambos Daguerre e Talbot tinha praticado desenho, e viam a fotografia como uma nova ferramenta para a mecânica.
William Henry Fox Talbot inventou a fotografia, porque ele não sabia desenhar muito bem, e assim o campo tomou um rumo artístico desde o início. Talbot era um cientista estudioso, amador da fotografia e muitas de suas primeiras fotografias foram de objectos da natureza que foram colocadas no seu livro "The Pencil of Nature". Os seus interesses gerais levaram-no a fazer livros de fotos de locais a partir de livros de Walter Scott, e, finalmente, "Anais dos Artistas, na Espanha."


Niépce e a primeira "heliografia" inalterável da história.

Joseph Nicéphore Niépce (Chalon-sur-Saône, 7 de março de 1765Saint-Loup-de-Varennes, 5 de julho de 1833) foi um inventor francês responsável por uma das primeiras fotografias.Niépce começou seus experimentos fotográficos em 1793, mas as imagens desapareciam rapidamente. Ele conseguiu imagens que demoraram a desaparecer em 1824 e o primeiro exemplo de uma imagem permandente ainda existente foi tirada em 1826. Ele chama o processo de heliografia e demorava oito horas para gravar uma imagem.

18 outubro 2009

O princípio óptico da "câmara escura" e da "lanterna mágica".

Introdução: A câmara escura e a lanterna mágica constituem os antepassados mais longínquos da máquina fotográfica e das modernas máquinas de projectar.

Câmara escura: deveria já ser conhecida na Antiguidade, mas o seu estudo rigorosamente científico só foi efectuado a partir do século XVI por Leonardo da Vinci , que, nos seus documentos escritos, datados de 1558, efectua a descrição do princípio óptico, referindo mesmo a possibilidade de obtenção de imagens com absoluto rigor de forma e de cor através da sua projecção sobre uma folha de papel branco.



A lanterna mágica só no século XVII foi inventada, tendo-se ficado a dever ao jesuíta alemão Atanásio Kircher [1][1]. Constitui o antecessor dos modernos sistemas de projecção (diapositivos e cinema) e era um sistema de projecção de imagens sobre um ecrã branco. As gravuras a projectar eram desenhadas à mão sobre lâminas de vidro.

08 outubro 2009

Da Arte Rupestre as Sombras Chinesas

Introdução:As primeiras manifestaçoes pictoricas deu-se na arte rupestre e depois nas sombras chinesas

Arte rupestre:Arte rupestre, é o nome que se dá às mais antigas representações pictóricas conhecidas, gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e tectos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas. Paleolítico Superior (22000 - 10000 a.C.)

O teatro de sombras, é uma arte muito antiga, originária da China, de onde se espalhou para o mundo, sendo actualmente praticada regularmente por grupos de mais de 20 países.