“Em 1895, concretiza-se um dos maiores sonhos da Humanidade. O ser humano e seu “alter ego cronofotográfico” encontram-se frente a frente, um sentado na poltrona de uma sala escura, o outro movendo-se numa tela, embora ainda mudo. Como se um olho cujas pálpebras viessem se abrindo lentamente, durante séculos, agora se arregalasse para o mundo. Um olho dotado de superior acuidade, não apenas capaz de apreender a vida em seus mínimos detalhes – o que Marey e Edison já sabiam fazer há algum tempo – mas sobretudo de projetá-la numa tela. Inicialmente “Edison contentava-se com o tilintar das moedas. Ele jamais deu muita importância ao último “acréscimo” técnico, que, segundo suas próprias palavras, mataria “a galinha dos ovos de ouro” - isto é, o Quinetoscópio a tostão. Demeny e outros também se debruçaram nessa questão, sem resultados decisivos. Somente Reynaud, com suas tiras perfuradas e pintadas à mão, havia conseguido projetar cenas longas e animadas”. Laurent Mannoni, A Grande Arte da Luz e da Sombra, página 405.
26 outubro 2009
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